Partido de Dilma
Rousseff aparece na frente apenas em Minas Gerais, terra do tucano Aécio
Neves. Nos demais colégios eleitorais, coleciona fracassos





A menos de três semanas para o primeiro turno, o PT lidera as
pesquisas em apenas uma disputa estadual dentre os dez maiores colégios
eleitorais do país. Somente três candidatos da sigla aparecem em segundo
lugar, enquanto outros quatro estão na terceira colocação ou abaixo.
Nas duas unidades da federação em que abriram mão de nome próprio para
apoiar um partido aliado, as chapas dos petistas também aparecem em
desvantagem.



INFOGRÁFICO: Veja as intenções de voto nos dez maiores colégios eleitorais





Desempenho ruim está ligado a desgaste e prioridade

As dificuldades do PT nas disputas estaduais estão ligadas ao
desgaste do partido após escândalos de corrupção como o mensalão e à
estratégia de privilegiar as alianças em torno da reeleição da
presidente Dilma Rousseff. “Foi uma aposta bem clara: os petistas
aceitam o prejuízo nos estados para garantir um palanque nacional mais
forte”, analisa o cientista político Valdir Pucci, da Universidade de
Brasília.


Em linhas gerais, o partido pode até ter preferido lançar candidatos
próprios na maioria dos estados com mais eleitorado, mas se preocupou em
não entrar em confronto com aliados. O maior exemplo disso é o Rio de
Janeiro, onde os quatro primeiros colocados, segundo o Datafolha, apoiam
Dilma. O candidato do partido, Lindbergh Farias, está em quarto, com
12%, atrás de Marcelo Crivella (PRB), com 19%, e Anthony Garotinho (PR) e
Luiz Fernando Pezão (PMDB), ambos com 25%.


Prejuízo


Especialista em pesquisas eleitorais, a cientista política Luciana
Veiga, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), diz que Dilma deve ser
mais prejudicada nos estados em que a oposição conseguir vencer no
primeiro turno. “Nesses casos há uma desmobilização da campanha e o
eleitor trabalha com a lógica do candidato a presidente que mais vai
ajudar o governador eleito”, diz. “Também parece haver uma sensação
generalizada de que a insatisfação dos eleitores com o PT é maior do que
a insatisfação com a Dilma.”




O fraco desempenho do partido nesses estados, que concentram
76% dos votantes do país, é um obstáculo para a candidata da legenda, Dilma Rousseff,
na corrida presidencial. A situação está mais complicada em São Paulo,
Bahia e Paraná, onde a oposição aparece com chances de conseguir a
maioria para fechar o pleito no primeiro turno.


O único oásis petista no momento é Minas Gerais. Na terra natal de Aécio Neves
(PSDB) e Dilma, o ex-ministro do Desenvolvimento, In­­dústria e
Comércio, Fer­­nando Pimentel (PT), tem 43% das intenções de voto contra
23% do tucano Pimenta da Veiga, de acordo com o Ibope. O cenário
mineiro é particularmente ruim para Aécio, que, além de distante de
Dilma e Marina nas eleições para o Planalto, pode perder uma hegemonia
de 12 anos no comando do governo mineiro.


O favoritismo recente do PT em Minas contrasta com a situação nos
únicos dois estados entre os dez de maior eleitorado que são
administrados atualmente pelo partido. No Rio Grande do Sul, Tarso Genro
busca a reeleição e está em segundo lugar, atrás da senadora Ana Amélia
Lemos (PP) – 28% a 37%, segundo o Datafolha. Na Bahia, Paulo Souto
(DEM) tem 46% contra 24% do petista Rui Costa, candidato do governador
Ja­­ques Wagner, de acordo com o Ibope.


Em São Paulo, maior co­­légio eleitoral do país, Ge­­raldo Alckmin
(PSDB) aparece no Datafolha com 49%, mais que o dobro do segundo
colocado, Paulo Skaf (PMDB), que soma 22%. Apos­­ta pessoal do
ex-presidente Lula, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) tem
apenas 9%. A rejeição dos eleitores paulistas ao petismo têm sido
fundamental para a ascensão de Marina Silva (PSB), que na mesma pesquisa desponta com 40%, contra 26% de Dilma e 16% de Aécio.


No Paraná, a lógica muda. Enquanto a senadora Gleisi Hoffmman (PT) tem 10%, atrás de Roberto Requião) (PMDB), com 28%, e Beto Richa
(PSDB), com 44%; Dilma está empatada tecnicamente com Marina na
preferência dos paranaenses, com 32% contra 28%. A mesma sondagem do
Datafolha coloca Aécio com 22%.


No Pará e em Pernambuco, o PT não lançou candidato próprio e apoiou
candidatos de legendas da base aliada ao governo Dilma. Na disputa
paraense, os petistas estão na chapa de Helder Barbalho (PMDB), que
aparece com 38% contra 42% do atual governador, Simão Jatene (PSDB),
segundo o Ibope. Na pernambucana, o partido está na coligação de Armando
Monteiro (PTB), que está com 32% contra 38% de Paulo Câmara (PSB), pelo
Ibope.






















Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/

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