Para os físicos modernos, a melhor explicação da origem do universo
está na teoria do Big Bang, que tem sido estudada exaustivamente



  



A Igreja não é contra a teoria da evolução, desde que
seja entendido que esta evolução foi querida por Deus, programada e
executada por Ele. A Igreja também não abre mão de que a alma humana,
imortal e racional, é criada diretamente por Deus e colocada na pessoa
no instante da sua concepção, quando o óvulo feminino é fecundado pelo
sêmen masculino. Dentro dessa ótica, a Igreja aceita a teoria do início
do mundo a partir do Big Bang, a grande explosão que teria dado inicio
ao universo hoje conhecido. Mas o que é o Big Bang?

No início do século os astrônomos começaram a mapear o Universo,
e descobriram que as galáxias pareciam estar se afastando da Terra com
velocidades cada vez maiores, de modo que quanto mais longe estivessem
tanto maior era a sua “velocidade de fuga”. Era como se os grupos de
galáxias fossem partes de uma explosão acontecida a bilhões de anos. Daí
nasceu a teoria do Big-Bang (grande explosão), segundo a qual o
Universo começou a partir dos fragmentos desta gigantesca explosão.

A
partir das velocidades relativas, observadas nas galáxias mais
distantes, a época da explosão foi calculada em aproximadamente 15
bilhões de anos. Uma matéria ultra-comprimida teria explodido numa nuvem
de energia e partículas elementares, aquecidas a uma temperatura
inimaginável de bilhões de graus Celcius. Dentro desta esfera havia
apenas fótons e nêutrons comprimidos de modo tal que um litro dessa
matéria pesaria bilhões de toneladas e tinha a temperatura de 1015 (= 1
seguido de 15 zeros) graus C. Essa esfera teria explodido, jogando no
vazio a matéria com a velocidade da luz.


Apenas um
centésimo de segundo após essa grande explosão, a temperatura descera a
300 bilhões de graus C; os fótons e os nêutrons se condensaram em
elétrons e núcleos, dando origem a uma massa de hidrogênio
incandescente, que aos poucos foi se condensando em galáxias de
estrelas. No interior das estrelas, a cerca de 20 milhões de graus, esse
hidrogênio foi se transformando em hélio, num processo de combustão que
liberava enormes quantidades de energia. Em seguida, num complexo
processo de evolução química, esse hélio se converteu em outros
elementos (oxigênio, carbono, nitrogênio, ferro…), que se encontram nas
estrelas.

Alguns bilhões de anos após a explosão
inicial, originaram-se as estrelas, os planetas, os asteróides e os
satélites que constituem o nosso sistema solar e o universo inteiro.
Sabe-se hoje que o espaço é perpassado por um campo de radiações, que
têm a temperatura de 2,7 graus absolutos (270 graus centígrados abaixo
de zero). Essas radiações são o resíduo da radiação muito mais intensa e
quente que devia perpassar o universo nas suas fases iniciais de
existência. Por efeito do processo de expansão devido ao big-bang
inicial, a radiação eletro-magnética originária teve que diminuir a sua
temperatura até chegar hoje, 15 bilhões de anos depois, a uma
temperatura próxima do zero absoluto.

A presença dessa radiação, que perpassa o universo
e que é prevista pela teoria do big-bang, poderia ser a prova mais
convincente desta teoria, que ainda não é aceita por todos os astrônomos
e físicos. Um pequeno grupo acredita que o Universo é eterno, isto é,
não teve começo e nem terá fim. É a teoria do estado constante. A fé não
aceita esta teoria, pois a eternidade do Universo faria dele um
Absoluto, um Deus. Só Deus é eterno; só Deus não teve começo e não terá
fim. O eterno é perfeito; não evolui, como o Universo evolui, teve
início e terá fim.

Para os físicos modernos, a melhor explicação
da origem do universo está na teoria do Big Bang, que tem sido estudada
exaustivamente; e a Igreja não a desaprova, desde que se considere o
que foi dito acima.

Prof. Felipe Aquino

(Cléofas)







sources: Cleofas






 


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