CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO: FORMAÇÃO/CURSO SOBRE O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:  DÚVIDAS

 

 

Irmão, a doutrina católica sobre o assunto preve o seguinte:


Após a morte física aqui na terra segue-se o seguinte desfecho:


1) 𝙅𝙪𝙞𝙯𝙤 𝙋𝙖𝙧𝙩𝙞𝙘𝙪𝙡𝙖𝙧:
Diz o Catecismo:
“§𝟭𝟬𝟮𝟮 𝗖𝗮𝗱𝗮 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗺 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲 𝗲𝗺 𝘀𝘂𝗮 𝗮𝗹𝗺𝗮 𝗶𝗺𝗼𝗿𝘁𝗮𝗹 𝗮 𝗿𝗲𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝗶çã𝗼 𝗲𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮 𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗿 𝗱𝗼 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗲, 𝗻𝘂𝗺 𝗝𝘂í𝘇𝗼 𝗣𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝘂𝗹𝗮𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗼𝗹𝗼𝗰𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗿𝗲𝗹𝗮çã𝗼 à 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗼, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝘂𝗿𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮çã𝗼, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗶𝗺𝗲𝗱𝗶𝗮𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗳𝗲𝗹𝗶𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗼 𝗰é𝘂, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗱𝗲𝗻𝗮𝗿-𝘀𝗲 𝗱𝗲 𝗶𝗺𝗲𝗱𝗶𝗮𝘁𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲.” (𝗖𝗜𝗖, 𝟭𝟬𝟮𝟮)
O pó voltará a ser pó, mas a alma é incorruptível. E cada um de nós será julgado conforme suas obras “A árvore para no lugar onde caiu” (Ecl 11,3). Por isso, é fundamental morrer em estado de Graça, morrer “revestido de Cristo”, em Comunhão com Deus. Tudo o mais é secundário. “Que adianta ao homem possuir o mundo inteiro e perder a própria alma?” (Mc 8, 36). Como não sabemos nem o dia nem a hora de nossa morte, o cristão deve estar sempre preparado para ela.
Sobre o juizo após a morte, diz as escrituras:
“𝑬𝒔𝒕á 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒂𝒐𝒔 𝒉𝒐𝒎𝒆𝒏𝒔 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒆𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒔ó 𝒗𝒆𝒛, 𝒆 𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒗𝒆𝒎 𝒐 𝑱𝒖í𝒛𝒐”
(𝑯𝒃 9, 27)
É 𝗽𝗼𝗿 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗾𝘂𝗲, 𝘃𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗼𝘂 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀, 𝗻𝗼𝘀 𝗲𝘀𝗳𝗼𝗿ç𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗴𝗿𝗮𝗱𝗮𝗿-𝗟𝗵𝗲. 𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲𝗿𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗱𝗶𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗧𝗿𝗶𝗯𝘂𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗼. 𝗔𝗹𝗶, 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝘂𝗺 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝗿á 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲𝗿𝗲𝗰𝗲𝘂, 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝗺𝗲 𝗼 𝗯𝗲𝗺 𝗼𝘂 𝗼 𝗺𝗮𝗹 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗶𝘃𝗲𝗿 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼 𝗲𝗻𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗻𝗼 𝗰𝗼𝗿𝗽𝗼”
(𝟮𝗖𝗼𝗿 𝟱,𝟵-𝟭𝟬).
Entrando na Eternidade, todos se apresentarão diante do Rei dos reis, e as nossas vestes deverão ser brancas (Mt 22,1s): em outras palavras, devemos nos purificar espiritualmente, viver bem e na caridade, buscar praticar sempre a Vontade de Deus, para um dia morrer bem. Quem vive dessa maneira, e conscientemente, não se apavora com a ideia da morte, pois quem morre com Cristo, ressuscitará com Cristo!
2) 𝙎𝙖𝙡𝙫𝙖çã𝙤:
Para os que morrem em Cristo, atingimos um estado/lugar no qual temos uma vida perfeita com Deus. Diz o Catecismo:
“1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como ele é” (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):
Com nossa autoridade apostólica definimos que, segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo (…) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram, (…) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte, tiverem acabado de fazê-lo, (…) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face, sem a mediação de nenhuma criatura.
1024 Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada “o Céu”. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.” (CIC, 1023 e 1024)
Ou seja, Teremos uma vida perfeita em Deus e profunda alegria, amor onde encontraremos a verdadeira felicidade!
Podemos incluir ainda no estado de Salvação o Purgatório, que se trata de almas que são salvas, mas ainda pagam algumas penas do pecado antes de atingir esse estagio de vida perfeita que chamamos de Céu ou Visão Beatifica.
2) 𝘾𝙤𝙣𝙙𝙚𝙣𝙖çã𝙤:
As pessoas que morrem estado de pecado entra num estado/lugar que chamamos de Inferno.
Diz o Catecismo:
“§1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".
§1034 Jesus fala muitas vezes da "Geena", do "fogo que não se apaga", reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves que "enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente" (Mt 13,41-42), e que pronunciar a condenação: "Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!" (Mt 25,41).
§1037 Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e nas orações cotidianas de seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, que quer "que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se" (2Pd 3,9): Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos. “ (CIC 1033, 1034, 1037)
Este é um estado de grande sofrimento, pois seremos atormentados pelo peso de nossa consciência sobre ter usado mal nossa liberdade, sobre o peso que é o afastamento de Deus sentindo a morte espiritual e sobre sofrimentos físicos que os pecados nos impõe.
Este é um resumo da Doutrina da Igreja sobre o que nos acontece após a morte! Sobre o Corpo Glorioso o receberemos na Ressureição. Entretanto, convem lembrar que os justos estão na eternidade onde não há tempo. Então eles já partilham desta visão e desta realidade que é a ressureição uma vez que lá não existe passado, presente e futuro. É algo que nos, que vivemos na temporalidade não temos a plena capacidade de entender!


Nossa Senhora lhe guarde!


Fonte: Grupo Duvidas Católicas - Facebook

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