Padre Evaristo Debiasi


 



A China é o país onde o
Cristianismo é mais perseguido. "Lá a Igreja está silenciosa como nos
primeiros momentos, das catacumbas. Os cristãos vivem escondidos, não
podem revelar que são cristãos. Nunca a Igreja foi tão perseguida como
em nossa época”. Foi o que afirmou o representante da “Ajuda a Igreja
que Sofre” (AIS) no Brasil, padre Evaristo Debiasi.

O sacerdote
relata que a perseguição aos cristãos chineses é de tal forma intensa
que, nos seminários, formadores e seminaristas, trabalham durante o dia e
se escondem à noite. Os sacrários onde são conservadas as hóstias
consagradas, conta o padre, precisam ser camufladas em caixas de
bebidas, como forma de disfarçar a fé dos católicos na presença de Jesus
na Eucaristia.



Segundo padre Evaristo, nos países onde estão
presentes os muçulmanos radicais extremistas, os cristãos também são
proibidos de manifestar a fé em Jesus. O mesmo acontece em algumas
regiões da África e na Síria. “Não pense que a Igreja do Brasil é a
Igreja do mundo. O Brasil ainda é um paraíso. Tomara que nunca cheguemos
aos sofrimentos que vivem outros países onde o Cristianismo é
perseguido. Afinal, Jesus é claro na última bem-aventurança: 'haverão de
perseguir também vocês' (cf. Mt 5, 11-12)", afirmou o padre.


Analisando
a fé dos cristãos brasileiros, padre Evaristo diz que no país a
perseguição acontece, mas de forma diferente de outros lugares do mundo.
"No Brasil, a perseguição é através do desvio dos valores, do vazio da
vida e da perversidade social. É a pior das perseguições, matando a fé, a
esperança e os valores, por novelas totalmente decadentes e uma vida
liberalista, totalmente sem ética e sem vida".

Para o padre,
esta é a forma mais maquiavélica do demônio agir na atualidade. "Agir
com rosto de simpatia, mas matando a fé, matando Jesus na esperança dos
corações". Esse tipo de perseguição, segundo o padre, engana e desvia do
caminho de Deus, o que de certo modo a torna pior do que a perseguição
que fere o corpo.



Autor: André Alves / CN

0 comentários:

Postar um comentário

 
Top