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JESUÍTAS expulsos de Portugal






No século XVIII, não há dúvidas de que a Companhia de Jesus era a
ordem religiosa em maior evidência nos países europeus e em suas
colônias. Já faziam mais de 200 anos que os jesuítas dominavam o ensino
de crianças e jovens, estando à frente dos principais colégios. Tamanha
projeção estava entalada na garganta dos iluministas, que ansiavam por
ver varrer a influência da Igreja da sociedade.


E, entre os inimigos dos jesuítas, talvez nenhum tenha sido mais feroz e danoso do que o Marquês de Pombal.
Em 1755, em Portugal, como primeiro-ministro do Rei Dom José, Pombal
fez importantes reformas econômicas, financeiras e militares no país e,
de fato, levou a nação a grandes avanços.


Pombal tinha ao menos quatro grandes motivos para odiar os jesuítas:


  • como um déspota esclarecido, ele era da turminha dos iluministas;



  • ele era maçom, e a maçonaria, ao longo da história, é uma das
    organizações que mais se empenha em puxar o tapete da Igreja Católica;



  • os jesuítas se opuseram ao seu casamento com uma protestante, a herdeira do duque de Cumberland;



  • como um ditador implacável, que punia seus opositores com a tortura e
    a morte, ele não podia tolerar que em Portugal houvesse uma força de
    influência que rivalizasse com a sua. Seu domínio sobre a nação
    precisava ser completo.



O Marquês estava esperando somente uma oportunidade dar o bote.
E, em 1757, ele desferiu o seu primeiro golpe contra a Companhia de
Jesus. Uma parte da população armou um motim contra a empresa estatal de
distribuição de vinhos – a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do
Alto Douro. Após reprimir seus opositores, Pombal acusou os jesuítas de
terem instigado o motim. Assim, arrumou motivo para impedi-los de
pregar e confessar em Lisboa.


Mas o golpe fatal ainda estava por vir. E veio com uma pulada de cerca.


Todos no reino sabiam que Dom José mantinha com caso com a bela
Teresa Leonor; ela era esposa do filho mais velho do Marquês de Távora,
cuja família era uma das mais poderosas do reino. Vindo de um desses
encontros, dentro de um coche, Dom José sofreu um atentado a tiros, do
qual escapou ferido, mas com vida.


Segundo Camilo Castelo Branco, um dos mais importantes escritores de
Portugal (e também um anticlerical), quem mandou pipocar o monarca
adúltero foram os Távora, buscando lavar a honra da família. Mas Pombal
fez a coisa toda parecer uma grande conspiração contra o trono, um crime
de motivação política. E mais: espalhou que o atentado teria sido tramado pelos jesuítas, que eram amigos dos Távora (fonte: Camilo Castelo Branco – Perfil do Marquês do Pombal, 1882).


Pombal, então, emitiu um decreto contra os jesuítas, expulsando-os de Portugal e
de todos os seus domínios – e isso incluía o Brasil. O padre Gabriel
Malagrida, uma grade missionário, penou três anos em uma masmorra,
sofreu torturas terríveis e foi levado à fogueira.


frei_galvaoCuriosidade: por pouco, o nosso Frei Galvão
não foi expulso do Brasil. Ele pretendia ingressar na Companhia de
Jesus, mas seu pai, que era membro da Ordem Terceira Franciscana, o
convenceu a entrar num seminário franciscano. Pouco depois, os jesuítas
foram todos expulsos do país.


E aí começou o efeito dominó. A ciumeira dos membros
das demais ordens se uniu ao desejo dos monarcas de assumir o controle
dos assuntos da Igreja. Na campanha difamatória, chegaram a espalhar que
os jesuítas possuíam um exército de escravos nas Américas, e se
preparavam para invadir a Europa e implementar seu plano de dominação
mundial (oi?!).


E assim, a França também expulsou os jesuítas, em
1762, por ordem do Rei Luis XV. Quatro anos depois, na Espanha, o povo
se revoltou e provocou distúrbios em Madri, devido à falta de produtos
primeira necessidade (por pura incompetência do governo). A culpa dos
motins foi colocada na conta… adivinhem de quem?


E, após a armação de uma série de intrigas (coisa do tipo: os
jesuítas tramam para matar o Papai Noel), o Rei Carlos III determinou
que todos os jesuítas deveriam deixar a Espanha e suas colônias.


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No séc. XVIII, os jesuítas eram vistos como uma espécie de PINK & CÉREBRO



Os bens da Companhia de Jesus foram confiscados. Como desgraça pouca é bobagem, pressionado pelo Rei Carlos III, o Papa Clemente XIV determinou que a Ordem deveria ser extinta
em toda a Igreja, em 1773. Alguns historiadores defendem o Papa,
dizendo que ele foi obrigado a fazer isso, para evitar um cisma.


A partir de então, os jesuítas só encontraram acolhida na Prússia e
na Rússia, países não sujeitos à autoridade papal. Poucos anos depois,
em meio à Revolução Francesa, todas as ordens religiosas seriam
suprimidas na França. Geral se deu mal (rimou!).


Somente 41 anos depois, em 1814, o Papa Pio VII restaurou a Companhia de Jesus.


1965: uma mudança radical… radicalmente lamentável


Os maus ventos viriam a soprar novamente sobre os filhos de Santo Inácio. Em 1965, Padre Pedro Arrupe
assume o cargo de superior geral da Companhia de Jesus, posição na qual
permaneceria até 1981. Arrupe deu um novo rumo para a Companhia, agora
comprometida com os preceitos do Evangelho Segundo São Marx.


A partir de então, os jesuítas dariam grande impulso à Teologia da Libertação,
numa linha marxista; o justo conceito de inculturação passaria ser
implementado em toda a parte na forma de relativismo religioso.


Os tempos de obediência irrestrita ao Papa foram para o beleléu.
Por exemplo: após o Concílio Vaticano II, o Vaticano havia dado uma
ordem claríssima: nenhum “ex-padre” poderia ensinar instituições da
Igreja. Na década de 70, milhares de sacerdotes pediam licença de seus
votos para viverem como leigos. E a grande maioria deles era de jesuítas
(cerca de 8 mil).


Padre Arrupe ignorou o Vaticano, e manteve todos os professores jesuítas “ex-padres” em seus postos.





Os tempos de combate às heresias também cessaram. Aliás,
muitos jesuítas, sob as vistas grossas e o cinismo do Padre Arrupe,
começaram a ser, eles mesmos, promotores de heresias. Vejam se não é
isso que diz o trecho de um artigo publicado no site do Instituto
Humanitas Unisinos, órgão de uma universidade jesuíta:



“[Arrupe] Havia aprendido no Distante Oriente que
é mais importante o fazer do que o crer, as obras mais do que as
doutrinas. Ao Santo Ofício, chegavam denúncias contra intelectuais
jesuítas supostamente heterodoxos. Arrupe nunca se
precipitava. Não proibia seus escritos nem os expulsava da cátedra.
Buscava a maneira de justificá-los, não precisamente de defendê-los (…).
Estou convencido de que (…) os dogmas, para ele, tinham uma forte dose
de relatividade.”



– Fonte: site do IHU. Pedro Arrupe, hábil e simples. Um depoimento





É isso mesmo que vocês leram: a personalidade mais louvada pela Companhia de Jesus na atualidade, Padre Arrupe, relativizava até mesmo os dogmas,
a essência da fé católica! Reparem que essa afirmação é divulgada pelos
próprios jesuítas, que se orgulham do estilo “ousado” e “vanguardista”
de Arrupe.


Por isso, vemos muitos jesuítas relativizando a doutrina da Igreja.
“Condenação às práticas homossexuais? Olha, a Igreja já está revendo
isso, e mudará as coisas em breve…”; “Confissão auricular? Isso fica a
critério de cada sacerdote, podemos recorrer à confissão geral…”. E por
aí vai.


João Paulo II decidiu botar moral na Companhia de Jesus,
buscando deter os seus desvios. Em 1981, ele rejeitou a eleição do Pe.
O’Keefe para substituir Pe. Arrupe como Superior dos Jesuítas; em seu
lugar, nomeou um cara de sua confiança, o jesuíta Paolo Dezza. Em todo o
mundo, muitos jesuítas se rebelaram, e houve uma diminuição de 25% dos membros da Ordem (Fonte: blog do Padre Demétrio).


Hoje, não só muitos jesuítas apresentam um catolicismo relativista e
liberal, como também muitos dos chamados “leigos inacianos”. Eles
deveriam beber da espiritualidade fantástica de Santo Inácio, mas na
verdade são doutrinados por São Marx.


Graças a Deus, o Papa Francisco tem fama de ter cortado as asinhas
dos “arrupistas”, enquanto esteve à frente da Companhia, em Buenos
Aires. E, além dele, ainda há muitos bons jesuítas, obedientes ao Papa e
defensores da Sã Doutrina.


Faço minhas as palavras do leitor Daniel:



“Amo a Companhia de Jesus
do fundo do meu coração. Me pergunto o quanto ela ainda poderia
contribuir para a Igreja se não tivesse sido engolida pela Teologia da
Libertação”.



Para Deus, nada é impossível. Rezemos pelos filhos do inigualável
Santo Inácio de Loyola. Que deixem o vermelho do socialismo para trás, e
que voltem a ser os temíveis Homens de Preto, terror de Satanás.





Breve Comentário : Creio eu como o Jesuítas tinha uma missão de ir em qualquer lugar do mundo e evangelizar pode ter o ocorrido e como ocorre hoje em dias dos iluministas ter se infiltrado na companhia assim como os hereges ou realmente como conta no artigo eles desviaram dos ensinamentos. 

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