Todos nós aprendemos na escola quando ainda éramos pequenos que o ser humano tem cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato.
Todos nós aprendemos um pouco mais grandinhos, pela cultura popular
que existem pessoas que tem o sexto sentido, principalmente as
mulheres.



Pois bem, hoje vou apresentar os seis sentidos dos catequistas, o que
não muda muito do que já conhecemos, mas digamos que será um novo olhar
sobre aquilo que é importante para nós.

Visão:
Comecemos com a visão, enxergar é um dom de Deus, conseguir ver o
sorriso das pessoas que amamos, as cores das coisas que nos cercam, a
felicidade do mundo é de grande valor pra quem enxerga e mais ainda
para quem não enxerga.



A grande essência da visão que eu proponho está
exatamente naquilo que quase ninguém consegue ver. Enxergar com os olhos
de Deus é o grande segredo para nós catequistas, conseguir ver o seu
catequizando com olhos divinos lhe dará a chance de ver o que ele
esconde, de ver o que ele quer te dizer, mas não consegue. Muitas vezes
encontrei vários catequizandos que tinham medo, vergonha, dúvida e que
somente com um olhar específico neles, consegui enxergar essas coisas.
Cabe ao catequista ter esse olho divino pra enxergar o escondido, o
oculto, assim como Jesus.

Audição: Ouvir é
sempre importante, diz o ditado popular que devemos falar menos e ouvir
mais, por isso Deus nos deu dois ouvidos e uma boca.



A verdade é que aprendemos muito mais ouvindo do
que falando, ouvir é uma atitude humilde, inteligente e prudente. Muitas
vezes poderíamos economizar uma discussão se ouvíssemos mais. Muitas
vezes é muito mais valioso você parar para ouvir o seu catequizando do
que ficar falando o que pra ele, muitas vezes, não serve. Ouvir também é
catequizar, ouvir é estar a serviço daquele que precisa de alguém para
desabafar, colocar pra fora aquilo que o aflige, que atormenta e que
corrompe. Quantas vezes nós não queríamos somente uma pessoa para ouvir
os nossos problemas?

Olfato: O cheiro é sempre
indício de algo que aconteceu ou que está acontecendo. Quando você
sente o cheiro de fumaça é porque há fogo, quando você sente cheiro de
cigarro é porque alguém está fumando, quando você sente o cheiro da
comida é porque é hora de comer. Dessa forma nós vamos identificando
com o nosso olfato aquilo que é bom, aquilo que é ruim, enfim, o olfato
sempre nos dá a percepção da realidade.



Diz um provérbio chinês que fica sempre um pouco de perfume nas mãos de quem colhe flores! Pois
bem, o perfume do evangelho deve exalar dos nossos poros, da nossa
vida, das nossas experiências, da nossa boca, do suor do dia-dia que a
cruz nos faz transpirar. As pessoas devem saber, pelo nosso cheiro, que
somos jardineiros do céu!

Paladar: Ah,
o paladar! Como é bom sentir o gosto das coisas, como é bom sentir o
doce do chocolate, como é ruim o azedo do limão, enfim, como é bom
sentir o gosto... Como é bom saber o gosto das pessoas, saber se elas
são amargas, azedas, doces, ácidas ou sem gosto algum.



Qual o seu gosto? Você é aquele catequista sem
graça, sem gosto, inçoso, sem importância, ou eu sou aquele catequista
salgado demais, insuportável, que deixa a gente fazendo cara feia? Qual
o gosto dos seus catequizandos, que gosto os agrada, que gosto ele
querem provar? Você já conseguiu experimentar com seus catequizandos o
gosto do Reino de Deus, o gosto do céu?

Tato: O
Tato está ligado ao maior órgão do corpo, a pele! E nunca conseguimos
nos imaginar vivendo sem o tato. Talvez você conheça alguém que não
enxergue, que não ouça, que não sinta cheiro, mas que não tenha tato é
muito raro.



Imagine você, não poder sentir o toque do beijo
da sua amada, ou do seu amado. O carinho daquele que te ama, um abraço
amigo, o arrepio do medo, a refrescância da água do chuveiro nos dias
quentes, o calor do cobertor nos dias frios, tudo isso é muito gostoso e
traz à tona a nossa sensibilidade.



E sensibilidade é algo que o catequista precisa
ter. Muito além de formação, oração, perseverança, o catequista precisa
ser sensível. Pois é a sensibilidade que faz com que
você sinta no seu catequizando, a graça de Deus, o processo da
conversão, a eficácia da oração, o medo de fazer uma pergunta, a dúvida
de uma questão mal entendida, etc. O catequista precisa, pela sua
sensibilidade, ter um olhar diferente, um toque diferente, um falar
diferente, um sentir diferente. E mais, é pela sensibilidade que se
entende os sacramentos, por que sacramento é sinal sensível da graça de Deus e é só por meio de uma sensibilidade, também humana, que se pode vivenciar os sacramentos.

O sexto sentido:
Chegamos enfim, no último sentido dos catequistas. Esse não é um
sentido humano, é espiritual. Ou melhor, é o sentido que nos leva ao
espiritual. O sexto sentido é a TRANSCENDÊNCIA. É o
poder de nos elevarmos, de chegarmos a Deus, é o que nos faz distinguir
dos outros seres da terra. O poder de sermos divinos, como imagem e
semelhança de Deus. É a capacidade que temos de nos encontrarmos com
Deus e assim, VER, OUVIR, SENTIR, CHEIRAR e PROVAR DEUS. Só é permitido
ter esses outros sentidos humanos já colocados aqui nessa reflexão se
pudermos transcender até Deus.

Quando o padre diz na missa: “Corações ao
alto!”, nós respondemos: “O nosso coração está em Deus!”, ou seja,
estamos dizendo que estamos elevando nosso coração até o céu, até o
divino, onde se encontra Deus.



Transcender é preciso, o catequista que não
transcende não consegue conjugar a inspiração do céu com a transpiração
do dia-dia. E o grande motor, que nos faz transcender é a Fé! Dessa
forma, somente pela fé é que conseguimos nos elevar, viver em graça,
viver o céu aqui na terra e sermos sal, fermento e luz para os nossos
catequizandos.




Comentário: O sexto sentido não é um dom somente restrito ao catequista, mas sim é um dom que nós como seres humanos carregamos conosco e que se desperta no momento oportuno, quando temos nosso encontro pessoal com Deus, ouvir a Voz Celeste é um dom, então fique em silêncio e em oração são bons exercícios para ter este encontro.



Autor; Anderson O.de Sampaio  





Fonte: http://www.catequisar.com.br/

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