O conceito de Mensagem Subliminar é muito abrangente e
profundo. De acordo com a Psicologia acadêmica, mensagem subliminar é
todo estímulo produzido abaixo do limiar de nossa Consciência cotidiana,
onde o cérebro trabalha na famosa frequência Beta. Existem as mensagens
subliminares podem ser principalmente visuais e auditivas, porém muito
se tem investido no seu uso em outros órgãos dos sentidos.


Existem mensagens subliminares em toda a Natureza. Para se ter uma
ideia, nossos olhos captam cerca de 1 milhão de informações visuais
diariamente. É praticamente impossível uma pessoa “normal” digerir todo
esse bombardeio de informações vindas do universo, da sociedade, da
natureza, da família etc.


Essas Impressões energéticas entram facilmente em nosso “mundo
interior”, devido a nosso lamentável estado de desatenção, falta de
consciência, divagação, adormecimento coletivo etc. Isso
mesmo, adormecimento da Consciência.


Se soubéssemos e pudéssemos discriminar o que entra em nossa mente,
ter uma espécie de “filtro psicológico” onde só passassem informações e
vibrações saudáveis à nossa mente e à nossa Consciência, evitaríamos
cristalizar uma série de problemas e situações negativas em nossas
vidas. E mais, teríamos verdadeiramente a possibilidade de viver mais
livremente, poderíamos ser realmente donos de nosso próprio nariz.
Definir por nossa própria vontade pessoal nossos destinos.


DIGERIR IMPRESSÕES



O
ser humano pode ser alegoricamente representado como um edifício de 3
andares, onde cada andar tem seu próprio alimento. O sistema digestivo
(que digere alimentos sólidos e líquidos), o sistema respiratório (que
canaliza os gases necessário à vida, como o oxigênio) e os sentidos
superiores (como o olfato, a audição e a visão), que são os filtros de
nossa mente em relação ao mundo exterior.


Os dois primeiros “digestores” possuem seus sistemas próprios de
filtragem, nada passa sem ser devidamente aproveitado para o bem do
organismo. No entanto, o terceiro digestor não possui determinados
filtros que barram a entrada das Impressões que penetram em nosso
cérebro e, daí, em nossa mente.


Dominar a Mente Alheia?



Desgraçadamente, por não termos esses filtros conscientes que digerem
corretamente as Impressões Mentais que nos chegam aos milhões todos os
dias, entram em nossa mente de tudo: impressões positivas, mas também
negativas e neutras.


Sabendo disso, historicamente sempre existiram indivíduos
inescrupulosos que se aproveitaram dessa falha de nossa psique para
dominar as mentes alheias. Políticos, publicitários, religiosos,
filósofos, militares etc., souberam usar dessa falha e manipular as
mentes coletivas, usando uma linguagem não captada pelo consciente, mas
sim pelo inconsciente. Também desenvolveram linguagens específicas que
penetram diretamente nos níveis mais profundos da mente sem que essas
mesmas mensagens sejam captadas pelo pouco de “mente discriminativa” que
ainda nos resta.


Mensagens Subliminares na Publicidade



Como a inserção de imagens, palavras, ícones ou idéias não pode ser
percebida pelo consumidor em nível normal de consciência, entendemos que
o objetivo maior de sua utilização é controlar ou manipular as mentes
das pessoas.


Obviamente, sabemos que as mensagens subliminares podem ser
utilizadas para alimentar positivamente o ser humano, como temos visto
em abundância nas obras sagradas, nas mensagens dos grandes mestre da
humanidade, como nas parábolas de Cristo, nos símbolos cabalísticos do
Antigo Testamento etc.


O caso é que essas mesmas mensagens são utilizadas não para despertar e alimentar a consciência humana, mas para manipulá-la.


No campo da Publicidade, a finalidade é fazer o indivíduo comprar
este ou aquele produto, votar neste ou naquele candidato ou escolher
este ou aquele canal de tevê.


Existem várias Técnicas de Inserção de Mensagem Subliminar (Tims),
cada qual endereçada a órgãos dos sentidos específicos, sendo os
principais a visão e a audição.


Podemos ver esses Tims em camisetas, em capas de livros, em outdoors,
em “spots” de rádio e, principalmente, na televisão (noticiários,
telenovelas, filmes e até mesmo em desenhos animados).


Os publicitários usam muita mensagem subliminar na divulgação de seus
clientes, e seus produtos (alimentos, sabão em pó, bebidas, cigarros
etc.).


As Campanhas de Cigarros



O intuito maior das campanhas publicitárias tabagistas, é mostrar
através dos esportes radicais, das aventuras surrealistas e de desafios
inimagináveis, tudo aquilo que o fumante gostaria imensamente de fazer
ou praticar mas não pode, porque é fumante… A sinestesia de sons e
imagens vem, na verdade, preencher um vazio psicológico. O fumante fica
impossibilitado fisicamente de fazer o que é mostrado nos comerciais,
mas, se fumar aquela determinada marca, subliminarmente é como se ele
estivesse fazendo.


A grande maioria dos ‘viciados’ não tem dinheiro para realizar todas
as fantasias mostradas nos comerciais, porém, fumando esta ou aquela
marca, inconscientemente passa a viver ou ‘viajar’ nestas fantasias,
como se fossem reais.


Desta forma, fica cada vez mais difícil fazer a separação entre o que
realmente está causando a dependência no indivíduo, até mesmo se ela é
de natureza física devido à nicotina ou se é psicológica devido ao
‘vício’ das imagens.


Para se Ter uma idéia da “guerra suja” travada pelas indústrias tabagistas, leia em seguida texto extraído do jornal paulista Folha de S.Paulo,
de 9 de setembro de 2002, sobre a descoberta de uma Propaganda
Subliminar divulgando “uma prova inconteste de que a propaganda de
cigarros é dirigida a adolescentes.


Treze dias antes de a publicidade de cigarro ter sido banida das
tevês no Brasil, o que ocorreu em 1º de janeiro de 2001, a Souza Cruz
aceitou retirar do ar uma campanha do cigarro Free que o Ministério
Público de Brasília considerou ilegal porque estimularia crianças e
adolescentes a fumar. Com o acordo, foram canceladas 240 veiculações do
comercial.


Foi a primeira vez no Brasil que um comercial de cigarros saiu do ar
por suspeitas de que era dirigido para adolescentes. Nos Estados Unidos,
promotores encontraram dezenas de documentos internos da indústria, nos
quais executivos diziam abertamente que o alvo da propaganda era o
público jovem (leia texto abaixo).


Um dos pontos do acordo de Brasília previa que a análise que embasou a
ação do Ministério Público seria mantida em sigilo, mas a Folha teve
acesso ao documento. É um laudo do Instituto de Medicina Legal do
Distrito Federal, no qual três psicólogos analisam o comercial do Free
em que um pintor diz: “Vejo as coisas assim: certo ou errado, só vou
saber depois que eu fiz. Eu não vou passar pela vida sem um arranhão. Eu
vou deixar minha marca”.


O promotor que conduziu as investigações e conseguiu tirar o
comercial do ar, Guilherme Fernandes Neto, diz que, independentemente de
uma análise mais profunda, o texto da campanha é “absurdo porque prega a
irresponsabilidade social”: “Só o desconhecimento de psicologia
comportamental e a falta de compromisso com a função social da
publicidade podem justificar um comercial dirigido para adolescentes”.


A análise psicológica é dividida em duas partes: o conteúdo visível e o que os psicólogos chamam de “mensagem subliminar”.


Os psicólogos avaliam que o diálogo tem “algo de irresponsável” –
“parece não haver também preocupação com as conseqüências de sua
decisão”.


Propaganda Subliminar



Ao decompor o anúncio quadro a quadro, os psicólogos encontraram o
que consideram ser “propaganda subliminar”. Na definição deles,
propaganda sublimar é “qualquer estímulo realizado abaixo do limiar da
consciência, que produz efeitos na atividade psíquica e mental do
indivíduo”. As mensagens subliminares são “remetidas automaticamente ao
nosso cérebro, em nível involuntário, inconsciente”.


Por três décimos de segundo, ou seja, numa fração de tempo
imperceptível para os olhos humanos, aparece uma mulher fumando. Logo em
seguida, também por três décimos de segundo, aparece outra pessoa
fumando.


Se os eventuais efeitos da chamada propaganda sublimar são cada vez
mais questionados, a dúvida de Fernandes Neto não é desprezível: “Por
que a Souza Cruz incluiu no comercial imagens que não dá para ver?
Certamente, há alguma razão para isso”.


A Souza Cruz alega que a responsabilidade sobre o comercial é das
diretoras do filme, Daniela Thomas e Carolina Jabor. Daniela, porém,
afirma não se lembrar dessa imagem e diz que, se ela existir, teria a
função de dar ritmo às imagens.


A Associação em Defesa da Saúde do Fumante (Adesf) acha que o
Ministério Público pegou um peixe grande. Luiz Mônaco, diretor jurídico
da entidade que processa as fábricas por fraude contra a saúde pública,
diz que o comercial “é a primeira prova inconteste de que a indústria
dirigia sua publicidade para adolescentes”.

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