Autora: Lucília Junqueira de Almeida Prado


 Editora Moderna

 Coleção Girassol


 




 


O
livro conta a história de uma floresta muito linda, muito grande, com
árvores altíssimas, sombras refrescantes. As árvores davam flores o ano
inteiro. Os bichos assim diziam satisfeitos :


 - Vejam as flores amarelas daquele ipê!


 Nem o ouro é tão brilhante, colírio para os olhos, fartura para as abelhas...


 Nela moravam animais de todas as
espécies e jeitos, e cores. Uma vez por mês  todos se reuniam e cada um
dava seu palpite, sugestão, ou reclamação.


Comentavam sobre  o doce  mel das
abelhas, as folhas que caiam etc.... Desde as minúsculas formigas até a
musculosa onça-pintada participava da confabulação.


O sr. macaco aconselhava:


- Não devemos nos lembrar só o que a floresta pode fazer por nós, mas do que nós podemos fazer por ela.


Todos batiam palmas.


 Cada um dava seu palpite de como poderiam cuidar mais da floresta, que afinal era casa de todos.


No entanto havia um passarinho,
pequenino, de uma cor que ninguém sabia dizer qual era, nem marrom, nem
cinza, nem bege, um passarinho muito sem graça. Ele nunca dava palpites e
dizia que saber escutar os conselhos e as idéias dos outros também  tem
seu valor.


Até que um dia, sem ninguém saber de
onde, veio o fogo. Muito alto e com muita força ia destruindo a floresta
tão amada por todos. Os animais apavorados só pensavam em fugir.


Só ficou o passarinho sem graça. Resolvera não fugir, pensando:


" Ué! Não é agora a hora de fazer alguma coisa pela floresta? Ela que até hoje só nos protegeu?"


E, voando até a nascente do riacho,
encheu o bico de água, que veio derrubar o sobre o fogo da floresta. A
minúscula quantidade de água sobre o fogaréu imenso. E voava da mata
para o riacho, incansável.


Depois de muito tempo, o fogo foi
baixando e os outros bichos, admirados com a valentia do passarinho,
voltaram para lhe perguntar:


- Mas  de que adianta todo seu esforço?


- Você não conseguirá apagar o fogo da floresta...


Então ele disse:


- Sei disso, mas. quando o fogo se
apagar e o chão estiver coberto de cinzas, se me perguntarem o que fiz
para evitar a destruição, posso responder: "FIZ O QUE PUDE "!





Fonte: http://marilise3673.blogspot.com.br/


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