No
Antigo Testamento, filhos de Deus são os anjos (Sl 29), o povo de Israel (Ex 4,
22), o rei (Sl 2,7)


e os
justos (Sl 73, 15). Trata-se de uma filiação moral, baseada na aliança, eleição
e adoção, já que


o
rígido monoteísmo hebreu exclui qualquer derivação natural ou física. Fé
cristã: confessa que


Jesus
é, não só Cristo, mas também “Filho de Deus” (Mc 1, 1) não só em sentido
puramente adotivo


como
o judaísmo, nem em sentido mitológico como o paganismo. É o Filho originado do
Pai, “filho


próprio”
(Rm 8, 3), o “Unigênito” (Jo1, 14).


Sinópticos:
aparece Jesus proclamando explicitamente sua filiação divina e, no entanto a


consciência
de sê-lo invade todo o evangelho. Jesus fala de Deus como de seu Pai, e dá claramente


a
entender que seu “ser filho” do Pai, não é assimilável a outras formas de
filiação, mas é única. O


uso
do termo “abba: para referir-se a Deus, bem como a referência a meu “Pai”. (Mt
7, 21; 25, 34),


diferente
de Vosso “Pai: (Jo 20, 17), e sobretudo as referências contínuas a si mesmo
como o “Filho”




mostram
com bastante clareza a especial filiação de Jesus respeito a Deus. O título de
filho “de


Deus”
não tem, de todos modos, um significado unívoco nos evangelhos. Mas há algumas


passagens
nas que Jesus se chama a si mesmo Filho num sentido único e transcendente:


Conclusão:
pode-se afirmar com certeza que nos evangelhos Jesus mostra em sentido único e


transcendente
ter uma consciência de sua origem em Deus e de sua natureza de Filho do Pai. É
a


Igreja
a que a partir desta cristologia implícita o proclama em sua confissão de fé
como Filho de


Deus,
Filho consubstancial ao Pai.





Fonte: Teología Fundamental” de César Izquierdo Urbina. Ed. EUNSA. Pamplona 1998 

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